E porque tem dia que nem tudo são flores... E o que planejamos e almejamos nem sempre dá certo. Foi assim domingo, na Etapa de São Paulo da Golden Four Asics, uma das Meias Maratonas mais bem organizadas e estruturadas do país.
Desde Junho eu tinha me programado, que estaria em SP neste fim de semana. Porém, a prova alvo era a Meia do Rio no começo de Julho, mas como eu já estaria lá mesmo, porque não correr né, a Andréia da Asics tinha me concedido uma inscrição, a prova é um máximo, quero correr todas do mundo, afinal eu sou Mulher Maravilha, tenho super poderes, e dou conta de tudo, certo? Errado! Minha nutricionista, na quarta, quando reavaliei, já tinha me dado um puxão de orelha, que eu estava correndo muitas provas, que eu estava me desgastando muito e que isso poderia ter consequências. O boca maldita, ou bendita eu diria, a voz da experiência sabe o que fala.
No sábado na Expo, onde retiramos o kit, até tirei foto, onde você colocava o tempo que gostaria de bater. Fui até humilde, coloquei o tempo que tinha feito no Rio, sem muitas pretensões. Realmente eu achei que daria. Não deu.
No grande dia da prova, fazia uma manhã gelada, 11º e optei de correr de calça e manga longa. Nisso eu acertei, parecia que não esquentava nunca. Até aí tudo bem, o frio até ajuda melhorar o rendimento durante a prova. Alinhei na largada, bem lá na frente, junto com o Beto, amigo de SP. Ele pretendia fazer a prova abaixo de 1h40' e disse que seguraria nos primeiros kms. Fomos juntos até o km 5, num pace médio de 4'45 por km. A partir dai ele começou acelerar eu fiquei, já sentindo que alguma coisa estava errada. Continuei mantendo o ritmo até o km 8, até vir o primeiro sinal de que minha prova estaria pra acabar por ali. Começou a fisgar o meu quadril esquerdo, que é uma dor que hora ou outra surge, mas que não causa muitos estragos. Porém ela começou a aumentar, e o meu ritmo começou a subir. Tentei trabalhar com a cabeça, pra segurar pelo menos no pace de 5'00 por km, nada. Veio então, correndo ao meu lado a marcadora de ritmo de 5'00 por km, colei nela, por mais ou menos uns 500mts, ela super simpática, me dando força, mas não consegui segurar. Virei os 10kms em 50' cravados. Pensei mais uma vez, ainda dá! Foi quando o Lauri e o Douglas, amigos de Prudente passaram por mim, me incentivaram, tentei mais uma vez voltar ao ritmo. Não durou 100mts. À partir daquele momento, eu entreguei a prova. Já doía os dois lados do quadril, e o joelho esquerdo começou a pegar. Veio um flashback na cabeça, da mesma época do ano passado em que fiquei um mês sem treinar por conta de uma dor no joelho esquerdo. Pensei em abandonar a prova nessa hora, porém, achei pior voltar andando pra chegada, não sabia ao certo que distancia dava (não sei andar em SP rs). Resolvi terminar trotando, apenas pra completar. A essa altura, no km 12, meu pace ja era 6'20 por km. Frustrada sim, quem gosta de ir mal, de não atingir o objetivo? Porém bem mais consciente, em outros tempos eu teria me descabelado, forçado, e corrido forte com dor durante mais tempo ou até o final. Dessa vez respeitei o limite e diminui. Para terminar, no km 18, parei no último posto de hidratação, peguei um copo de gatorade e tomei andando, quando olho pro lado, está a Eliane, uma querida amiga corredora também de Prudente, que estava sentindo uma forte fisgada na perna esquerda. Resolvemos terminar a prova juntas, trotando, uma dando força pra outra. Nessa altura da prova, não só os quadris doíam, mas os joelhos também. E quando estávamos cruzando a linha de chegada, chega voando e cruzando junto a Amélia, uma aluna querida aqui de Prudente.
Resumindo tudo, o que aprendi e quero passar pra vocês é que, respeitem o seu corpo, evitem de fazer o que fiz, correr muitas provas em um curto período. Sei que tem várias pessoas que fazem isso e que nem por isso se machucam, mas a conta uma hora vem. E pode ser que ela venha bem cara.
Tirando este "pequeno" detalhe da quebra (dessa vez não de record rs), a prova foi ótima, organização padrão internacional, total respeito ao atleta, hidratação na medida certa, staffs super atenciosos. Enfim, uma prova que vale muito incluir no calendário. Este ano, pra quem ainda quiser participar, tem a etapa de Brasília em Novembro. Parabéns Andréia e a toda equipe Asics.
Reencontrei meus amigos queridos de SP, nos encontramos em um jantar de massas no sábado a noite, e aí foi só diversão. Uma das melhores coisas que a corrida sempre me deu, muitos amigos e diversão.
Para fechar, alguns clicks de como foi o fim de semana na capital.
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Jantar de massas com a "velha guarda" |
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Lindas #sqñ |
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Largada, com o Beto |
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Pós prova: Alexandre, Angela, Debs, Re e David |
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Pós Prova: Edilson e Douglas |
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Fim de festa: Ale, Lilian e Cassio |